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Pela primeira vez um ministro do governo Temer admite saída do PSDB da base alidada, mas votos para aprovação da reforma da previdência cria saia justa



Pela primeira vez um ministro do alto escalão do governo Temer, admitiu o desembarque do PSDB da base aliada. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha disse que o PSDB não estaria mais na base de sustentação do governo e não ver "constrangimento" do presidente Michel  Temer manter alguns ministros do partido. Atualmente, o governo Michel Temer conta com três ministros  tucanos, Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). 

A antecipação de Padilha antes mesmo de uma comunicação oficial do PSDB, colocou o governo numa saia justa, já que a costura  de muitos  remendos é para  manter aliança com os tucanos para aprovar a reforma da previdência. Para isso, serão necessários dois turnos nas duas casas do Congresso. Só na Câmara dos Deputados, precisa pelo menos, 308 votos. O prazo é curto e a fala de Padilha deu combustível para o adiamento da reforma que se aprovada já  está com o texto reduzido. Na semana passada, o presidente da Câmara disse após reunião entre o presidente Michel Temer, líderes governistas que não valeria a pena pôr o tema na pauta sem a segurança dos votos necessários. E Temer nesses últimos meses,  tem se intensificado pessoalmente para reverter o pessimismo e garantir a aprovação ainda este ano. E que se o tema ficar para 2018, a chance de passar no Congresso ficará comprometida por causa do cronograma das eleições.

O PSDB que sabe que têm nas maõs os votos que o governo tanto precisa, conta com 46 deputados federais e 11 senadores e é a terceira maior bancada partidária no Congresso Nacional. A fala do ministro Padilha foi uma resposta e um tom mais duro ás declarações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que, numa entrevista à Radio Bandeirantes na semana passada, ressaltou que sempre foi contra participar da gestão do presidente Temer. E também sinalizou que o desembarque finalmente pode ser concretizado, assim que assumir a presidência nacional do PSDB , previsto para a segunda semana de dezembro

O Palácio do Planalto tratou logo de desafazer um racha com os tucanos. Além do ministro Aloysio Nunes, o próprio presidente Temer, não confirmou o que disse Padilha. Acabando o presidente  indo contra o que disse o seu próprio ministro. Mas a afirmação do ministro chefe da Casa Civil,  veio na semana em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez pressão para a saída  do governo  ao dizer que: ou " PSDB desembarca do governo, em dezembro, ou se embaralha com o PMDB e assume de vez o posto de coadjuvante na disputa". E também em que o presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves disse ter chegado "o momento de o partido deixar o governo Temer. Um reposicionamento para ás eleições de 2018 e identidade do partido. Mas o PSDB tem defendido a pauta de reformas. E o senador mineiro tem se empenhado para ajudar o presidente com sua influência e articulação politica.







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