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Circustâncias no segundo interrogatório como réu em Curitiba pesam contra Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  passou á noite em Curitiba onde presta depoimento às 14 horas nesta quarta-feira (13), na Justiça Federal do Paraná, no seu segundo depoimento como réu na Lava Jato  ao juiz Sérgio Moro; desta vez referente a dois temas envolvendo propina pela Odebrecht.

Lula chegou á noite na capital do Paraná e fez a viagem de São Paulo em um carro de passeio. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, ele dispensou a escolta policial que teria direito e preferiu se hospedar  na casa de um amigo. Local não foi revelado por motivo de segurança.

A volta de Lula a Curitiba que ficará  frente a frente ao juiz Sérgio Moro, traz circunstâncias que desfavorece o ex-presidente, já que o petista será interrogado na semana seguinte em que o ex-ministro Antônio Palocci - que atuou em seu governo - fez revelações graves contra Lula  e a cúpula do Partido do Trabalhadores. Ex-ministro que tenta fechar um acordo de delação premiada disse que   propina entre Lula e a Odebrecht chegou a  R$ 300 milhões.  Mesmo vindo das  tratativas de uma  possível  delação,  o desgaste não vem em um bom momento,  já que ele também será interrogado na condição de réu condenado pelo juiz federal. Nesta ação, Lula foi acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, da empreiteira OAS. Em troca, a empresa  seria beneficiada em contratos com a Petrobras.


Na primeira vez em foi interrogado por Moro, Lula falou por cerca de cinco horas. Estão reservados na audiência de hoje, quatro horas iniciais para Lula, que não será o único a ser ouvido nesta audiência. O ex-assessor do ex-ministro Antônio Palocci,   Branislav Kontic, também deve ser  interrogado. 
Neste caso, o petista é acusado de  um suposto pagamento de propina por parte da construtora Odebrecht. Segundo a denúncia, a empresa comprou um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula, o que não chegou a ser concretizado.  A empreiteira também teria comprado um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo. O imóvel é alugado desde 2002 e abriga, principalmente, os seguranças que fazem a escolta de Lula.

O Ministério Público Federal sustenta que os dois imóveis  fazem parte de um total de R$ 75 milhões. Esse valor teria sido pago pela Odebrecht como propinas a funcionários da Petrobras e políticos, após a empreiteira firmar oito contratos com a estatal. De acordo com a denúncia, a parte de Lula foi repassada com a intermediação do ex-ministro Antônio Palocci e do assessor dele, Branislav Kontic.
Crimes de corrupção e lavagem de dinheiro ligam a participação do ex-presidente Lula em razão de contratos firmado entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht.



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