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Mensagens em celular de Wesley Batista complica versão do procurador Marcelo Miller, aúdios de grupo de aplicativo, ligam ele a delatores da J&F antes de sair do MP

Mensagens encontradas no celular do presidente e sócio da JBS, Wesley Batista, dão indícios da ligação e atuação do ex-procurador Marcello Miller a favor da JBS com os delatores antes de se desligar do Ministério Público. Miller fazia parte do gabinete e comissão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot e saiu do MP para trabalhar para a JBS. No relatório a PF sustenta ainda que o procurador geral tinha ciência das tratativas de Miller "de forma indireta" nas negociações da colaboração premiada que levou os irmãos Batista e o empresário Ricardo Saud a terem um perdão judicial de crimes praticados por eles. 


O ex-procurador Miller participava de um grupo de whatsapp com os Batista e diretores da JBS. A informações foram  divulgadas pela Revista Veja. 

O celular de Wesley foi apreendido na durante a quarta fase da operação Lama Asfáltica, deflagrada em maio deste ano. O ex-procurador tinha o número registrado no grupo do aplicativo do whatsapp com ultima manifestação no grupo no dia 4 de abril, data do seu último dia de trabalho no Ministério Público do Rio de Janeiro. Diálogos falam de reuniões, vantagens e pontos relevantes segundo a PF que insinuam que Miller foi peça fundamental no fechamento do acordo de delação. 

OAB) oficializa suspensão 
OAB suspende o registro profissional do ex-procurador Marcello Miller por 90 dias. A medida cautelar tem prazo de 90 dias e foi tomada após esclarecimentos prestados pelo ex-procurador sobre a suspeita de atuação em favor do grupo J&F, quando ainda estava no MPF, disse o presidente do Conselho Nacional da OAB, Claudio Lamachia. A suspensão pode ser prolongada se o processo não for concluído dentro desse prazo, mas a OAB tem a expectativa de que o trâmite seja rápido.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Marcello Miller atuou em favor do grupo J&F durante o período em que trabalhou como procurador, no Ministério Público Federal (MPF). Janot pediu a prisão do ex-procurador, que foi rejeitada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.

O procurador-geral afirmou que e-mails de um escritório de advocacia mostram que Miller auxiliou a empresa no acordo de leniência com o órgão. A defesa do ex-procurador nega que ele tenha atuado como intermediário do grupo J&F ou qualquer empresa.

O presidente do Conselho Federal da OAB disse que o processo corre em segredo de justiça no Tribunal de Ética e Disciplina da seccional da ordem no Rio de Janeiro, onde Miller é registrado. Também está em investigação se o ex-procurador cumpriu quarentena ao deixar o Ministério Público. O ponto central, segundo Lamachia, é a suspeita de que ele tenha exercido a advocacia irregularmente, quando ainda estava no MPF.

A defesa de Marcelo Miller negou em nota divulgada está tarde  que o advogado tenha sido ouvido no processo e afirmou que a suspensão fere o estatuto da OAB.

"Em relação ao pedido de suspensão cautelar do direito de advogar por 90 dias, a defesa de Marcello Miller esclarece que tal fato está em total desacordo com o estatuto da OAB (lei 8.906/94). No artigo 70, parágrafo terceiro, eventual suspensão preventiva só pode ocorrer mediante sessão especial, assegurado ao advogado o direito de manifestação, o que não ocorreu. Marcello Miller não foi notificado do processo de suspensão, muito menos foi ouvido", diz a nota.

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