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Congresso da AMM com presença de pré-candidatos revela o tom das eleições de outubro

O painel com pré-candidatos, promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM), em seu 35º Congresso tem revelado curiosidades importantes que ditam um pouco o rítimo e o tom nas eleições de outubro. Pontuações que não se vê muito nos debates formais. Pelo cuidado e assessoramento acirrado. Ontem, por exemplo, caiu o que vem sendo defendido por um presidenciável.


Ciro Gomes (PDT), perdeu a linha e abandonou o evento sem falar com a imprensa, irritado com o tempo, formato de perguntas e respostas proposto pela coordenação do congresso de prefeitos. O que acabou confirmando que não tem nada de 'Ciro paz e amor', e sim, a velha fama de brigão. 

Já na participação dos pré-candidatos ao governo de Minas, ficou evidente uma aliança forte de praticamente todos os partidos presentes contra o governador Fernando Pimentel (PT-MG). Isso deu um aperitivo de como eles devem adotar os seus discursos. O modo velho de apontar erros para se chegar ao pleito oferecendo uma solução. Mas com uma definição clara, de tirar o PT do comando de MG. 

E o governador petista tem dado margem em todos os sentidos. E não comparecendo ao encontro, acabou virando alvo de adversários em seu próprio quintal, dando espaço para outsiders e veteranos, como o PSDB. Nesse contexto de um certo ninho da direita, o pré-candidato Antonio Anastasia - que vem afirmando maior aliança em Minas, após discursar  com toda sua inteligência e mestria, recebeu muitos aplausos e aproveitou para dizer que a hora de Minas voltar para os trilhos estava chegando. Deixando claro que vai compadecer da ausência do maior adversário para gerar outros frutos durante a campanha. 

O motivo da ausência do governador  não foi um álibi qualquer. Era uma agenda importante para o governo de Minas, - ainda mais em ano eleitoral, pois o motivo se tratava da saúde financeira do Estado, como foi informado. Mas a tentativa de evitar um desgaste, ficou configurada na visão dos postulantes a cadeira que hoje ocupa o petista, como o único que não participou do encontro por medo do debate.

Nada bom para Pimentel e para o  seu partido. Na semana passada, alguns membros da cúpula do PT, confirmaram o nome dele na disputa pela reeleição, no lançamento oficial da pré -candidatura do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), em um evento em Contagem-MG. Assim como nome da ex-presidente Dilma Rousseff na busca por uma cadeira no Senado. E uma estratégia do PT aqui em Minas no lançamento, disse o deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara.


Tanto no lançamento oficial, como no evento da AMM, Lula que está preso em Curitiba-PR, pela Lava Jato, enviou uma carta. No qual foi representado no painel da associação pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG). Após entregar a carta de compromissos de Lula aos organizadores do evento, Lopes foi vaiado no final de seu discurso. 

Na entrevista no segundo e último dia do evento (20), um  ex-aliado  do ausente Pimentel,  chamou atenção com os problemas recorrentes da gestão petista com o escalonamento de pagamentos. Vale lembrar que PT e PMDB, hoje MDB fizeram uma aliança em 2014 que elegeu Fernando Pimentel ao governo de Minas.

O vice-governador Antônio Andrade (MDB), também pré-candidato, rompido com Pimentel desde 2016, além de dizer que faltou 'coragem' do governador de participar do Congresso " nesta quarta-feira,  porque (aqui) ele seria vaiado", falou que o pagamento do secretariado não estava atrasaso, principalmente aqueles que ganham 60 mil por mês.
Não vou nem falar da lista que vem sendo analisada para não alugar o assunto.

E para finalizar todo silêncio do governador petista, interrompido apenas por vaias a um deputado, que sozinho não fez verão,  a dívida do governo do Estado com os municípios mineiros foi tema principal entre os prefeitos no último dia do Congresso.  Num telão interativo,  indicando o atraso dos repasses estaduais, como os relativos a ICMS, IPVA e transporte escolar, para cada cidade. Ecoou a pergunta deixada ontem pelo presidenciável Rodrigo Pacheco  (DEM) ao governo de Minas Onde está o dinheiro arrecadado  dos impostos?

Será que evitar um desgaste foi a melhor saída para o governador mineiro? Daqui pra frente é o que vamos ver. 


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