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Moro aceita o convite de Bolsonaro para ser ministro da Justiça, mas com base nos 12 pacotes com as novas medidas contra corrupção o STF pode esperar?

O convite aceito pelo Juiz Sérgio Moro para comandar o Ministério da Justiça, vem com um compromisso implícito de tão logo, assim que surgir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), ser  indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que no ano que vem quer o magistrado em sua equipe.
Mas o sim do juiz de Curitiba contradiz  uma decisão já tomada por ele mesmo. E da  própria tese tão defendida. Diante de todo contexto no qual esteve à frente nos últimos anos, aceitar ir para política -  fragiliza ainda mais a imparcialidade já questionada de quem participou de uma operação tão importante. A Lava Jato evidenciou um esquema de corrupção que assola esse país há décadas. Moro que tornou um espécie de garoto propaganda do combate à corrupção,  tem debaixo dos braços o livro que pode ter sido o seu de cabeceira, ou ainda seja, já que ele foi junto ao encontro com o Capitão eleito para os ajustes de sua ida para Brasília.  
Trata-se do  livro de 12 pacotes com as novas medidas contra a corrupção, elaboradas sob a coordenação da Fundação Getúlio Vargas e da Transparência Internacional.

Mas veja que ironia:

No sexto capítulo, que pontua a “investidura e independência de agentes públicos, para assegurar transparência na seleção de ministros do STF”. O próprio texto “veda a indicação de quem tenha, nos quatro anos anteriores, ocupado mandato   eletivo federal ou cargo de Procurador-Geral da República, Advogado-Geral da União ou ministro de Estado.

Será que Moro vai voltar atrás ou existe a possibilidade de excluir parte do texto? Ou o STF pode esperar?!  O tempo tem a resposta. Mas tem  procurador com ela na ponta da língua.

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