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Sempre despertou muito minha atenção os significados da imagem da urisdição e a equivalência da equação entre o castigo e a culpa. O símbolo da justiça que vai além das esferas e a busca pelo que a imagem determina é simples e difícil ao mesmo tempo. O equilíbrio ali rapresentado é uma tarefa continua. E vendo o meu filho crescer e tomar consciência do mundo, em tempos sombrios, mas de despertar da consciência política, nunca foi tão oportuno os debates sobre cidadania e do equilíbrio representado tão bem pelo utensílio de origem caldeia, o símbolo místico da justiça, a balança.

Não se trata ali, como bem retratado pelos estudiosos de um signo zodiacal, mas de um simbologia que representa a justiça terrena. E ela precisa ser praticada pela sociedade em todos os campos. 

Aprendemos na escola - na minha época na disciplina de Moral e Cívica a importância da cidadania. E que a justiça não cabe somente nas instituições políticas.

A crise política que o país atravessa tem intensificado que o contrato social justo entre Estado e os indivíduos precisa de equilíbrio. E quem faz isso? Todos nós. Nossa parte também está  no conhecimento que ajuda e muito na cobranças por melhorias para um coletivo.

O filósofo americano John Rawls (1921 2002), com seus ideais em equidade e desigualdade,  já dizia que a justiça é a primeira virtude das instituições socais. Nós, pais, devemos reforçar numa aula ampla sobre cidania,  ouvindo e ensinando em casa também. E ouvir os questionamentos, também está inserido para que o debate seja ampliado, juntamente com o professores, no qual devemos sempre respeitá-los.

Em dias de transformações e consciência política, a chave para uma sociedade promissora ainda trilha pelos caminhos do pesamento da igualdade. Precisa dessa base.  Pois sabemos que um contrato social justo entre Estado e os indivíduos carece desse equilíbrio, mesmo que o que se tenha visto não seja assim na prática.

Nós, pais, devemos reforçar numa aula ampla sobre cidadania ouvindo e ensinando em casa também.

Nos corredores do Congresso este desiquilíbrio deve ser corrigido pelas regras que governam nossas instituições sociais, como os sistemas de saúde,  eleitoral e educacional. Quando isso não acontece lá, aqui fora as desigualdades econômicas e sociais podem levar å injustiças,  favorecendo a uma casta menor, em detrimentos dos menos favorecidos. Aqui fora, a consciência política é um grande trunfo para combater o privilégio para uma minoria amplamente preparada. Para garantir pelo menos um pouco que a balança não pese somente de um lado.

Nas aulas de ética o Alexandre, meu filho, aprendeu esta semana alguns conceitos sobre a cidadania. E pediu para gravar um vídeo com o que havia acontecido e o seu questionamento saudável com a professora, no que ele naquele momento - considerou como uma certa injustiça. Quando ele me contou que debateu sobre o tema com a professora, perguntei se ela tinha entendido e se ele  procurou demonstrar antes de tudo o respeito. Ele disse que sim. E que o resultado foi bom. Já que "as glórias nas palavras dele", foi que a professora ouviu os dois lados após um debate.   Senti naquele momento que de fato o caminho que fortalece uma democracia está sem sombra de dúvida no conhecimento, na conscientização, nos debates e no respeito. Com a professora o diálogo só prosperou e o respeito mais ainda. 

A gravação do vídeo vem numa linguagem simples de uma criança e suas descobertas que nos ajudam a refletir que filhos conscientes que respeitam as regras fortalecem a nossa democracia e um país mais justo.

A chave para uma sociedade promissora está em instituições justas e que todos nós sejamos tratados igualmente, e como já dizia Rawls os princípios da justiça levando em consideração a proporção da igualdade, prosperá.





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