Foto: Agência Brasil |
O nome do presidente Michel Temer foi incluído no inquérito que investiga formação de quadrilha no PMDB no âmbito da Operação Lava Jato ontem (2), a pedido do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.
O inquérito sobre o PMDB tem, no momento, 15 investigados, entre eles, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves.
Inclusão veio no mesmo dia em que os deputados da Câmara barraram a denúncia contra Temer por corrupção passiva, apresentada pela PGR. O placar que rejeitou a peça foi 263 votos a 227 (com duas abstenções e 19 ausências).
Janot
também pediu a inclusão do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha, e do ministro da Secretaria de Governo, Moreira Franco, no
mesmo inquérito. As solicitações serão apreciadas pelo ministro
Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O
pedido para incluir Temer no inquérito que investiga o PMDB já
havia sido feito pela Polícia Federal (PF), o que levou Fachin a
solicitar a manifestação do PGR sobre o assunto. Janot disse que
a organização criminosa que permitiu ao presidente cometer os
crimes pelo qual foi denunciado no inquérito 4483, na verdade,
estaria inserida no contexto maior da Lava Jato.
“O
avanço nas investigações demonstrou que a organização criminosa
investigada no inquérito 4483 na verdade, ao que tudo indica, é
mero desdobramento da atuação da organização criminosa objeto dos
presentes autos. Por isso, no que tange a este crime específico
(organização criminosa), mostra-se mais adequado e eficiente que a
investigação seja feita no bojo destes autos e não do Inquérito
4483”, escreveu Janot no parecer enviado na noite de ontem ao STF.
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