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Nunca foi tão importante a reportagem na editoria de política direto da fonte

Em tempos de polarização na política, desinformação, acompanhado da judicialização e a busca por uma agenda positiva e da governabilidade em Brasília, nunca foi tão importante a reportagem na editoria de politica direto da fonte. Os bastidores dos três poderes precisam de repóteres antenados, especializados informados e bem engajados com o seu papel social. E entender o que se passa em Brasília e importante para que ao socializar a informação ele chegue de forma clara ao seu destino final, seja ele, ouvinte, telespectador, internauta ou leitor. Todos precisam de informação. Só na Câmara dos Deputados temos para os próximos dias, o andamento do chamado "distritão", que ameaça a votação da reforma política, refis, que também é o combustível para a mesma reforma andar com os ensejos dos governistas. 

Mas essa proposta está sendo bem apurada e informada?

Quase não se fala, mas para votar uma proposta de Emenda à Constituição, o processo não é simples. As correrias como o governo quer, por falta de tempo mas por ser uma PEC, exige mais tempo para o preparo, elaboração e a votação. Uma vez que ela modifica à Cosntituição. Em função disso, requer quórum, quase que o máximo e dois turnos de votação em cada uma das Casas legislativas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.

A (PEC) 77/2003, instrumento que estabelece mudanças no sistema político-eleitoral e da criação de um fundo público polêmico para financiar as campanhas eleitorais é um exemplo. Só na semana passada (13), foram longas horas para votação de pontos mínimos de um roteiro que parecia o mesmo de dias anteriores ou de anos. Há divergência em praticamente todos os pontos. E a falta de consenso deve pairar no placar de votação. Erros sucessivos, um vai e vem e divergências profundas que dificultam o governo a ganhar espaço para a reforma mais dura que é a da previdência. Esses improvisos têm levado a base governista a uma maratona de votações, fatiamentos, como a pauta econômica, afim de garantir o governo dar a tão esperada resposta a que veio. 

A lembrança desse cenário tem nome e objetivo para o ano que vem. Com a aproximação do último trimestre do ano, às vésperas é de um ano eleitoral que promete muita manchete. 

Pevisão e vários campos
Reformas com mudanças na legislação e nas regras - como a trabalhista (já aprovada), mas que aguarda publicação do presidente Michel Temer, já vê para novembro, com a medida provisória em vigor, alguns termos da alteração. Mas os passos têm sidos lentos e de debate reduzido. A reforma da previdência social, ainda em tramitação, o próprio histórico mostra que reformas assim, nunca foram fáceis de serem debatidas e votadas em Brasília. A perspectiva de retomada da agenda reformista, também é pautada por desencontros no govento peemedebista. E vale destacar que as tentativas de levar para votação, uma reforma que esteja diante de uma rejeição, como mostrou uma enquete do próprio site do partido do governo que chegou a 96%, seja a maior resposta. 

E a reforma da previdência, mesmo com o texto desidratado, aprovado há quatro meses na comissão especial na Câmara dos Deputados é trabalhado para sair até o fim do ano. Partidos com número significativo para articulação política, como o PSDB e até base do governo, têm pressionado Temer. O consenso do que foi aprovado naquela época já não é mais o mesmo. O cronograma de votação das reformas no Congresso tem um prazo pequeno. Paralelo a isso, a articulação tenta ganhar apoio para que o andamento de denúncias graves não ande no mesmo rítio das pautas reformistas. Mas a cota já foi alta diante de tanta denúncia o que tem saído caro para o Presidente da República.

A segundo denúncia da Procuradoria-geral da República chegou politicamente trazendo mais uma carga pesada para o presidente, partido, políticos e a tão pregada agenda positiva e reformista. Mesmo com uma denúncia desacreditada pela conduta dos delatores da J&F e até ganhado um certo fôlego com os números recentes da economia, as negociações para um desebarque significativo são de 24 horas por dia. E tem sido assim desde que o PMDB assumiu o governo, neste tipo de movimentação.

Exemplo recente
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tentou apaziguar dizendo na semana passada, que denúncia apresentada pelo procurador Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer não iria prejudicar o cronograma de votação das reformas no Congresso. Um sinal de que o objetivo precisa ser alcançado, seja como for. Para ele, a reforma da previdência deve ser votada e aprovada em outubro. Mas estudos de assessores e especialistas garantem que a reforma como a da previdência não chega a ser votada como deseja o governo este ano. O otimismo e a normalidade não condiz com o que base tenta passar diante do cenário desgastado. E partidos na berlinda, caminham junto a tudo isso. E para o ano que vem, muitos já apostam em outros nomes. 

Judicialização 
Já não é de hoje que o Supremo Tribunal Federal vem sendo acionado para dar respaldo a política. Mas, não é comum, ver o fenômeno da judicialização política se deslocar para resolver questões no polo exclusivo dos poderes legislativo e executivo. Como o que vimos recentemente, na votação do pedido do governo para suspender o procurador-geral, que num outro pedido, têm cenas para os próximo capítulos. No Senado, vimos um cumprimento de um mandato judicial, no qual o senador, na época, presidente da casa, Renan Calheiros não cumpriu uma determinação e ainda desafiou a mais alta Corte. Instabilidades política e o risco jurídico na area é preocupante. Para a governabilidade isso não é bom. Nem tão pouco para o jogo político, cada vez mais tendo que apelar para à justiça. 


Atentos ás mudanças que na política se perfaz como  rotina.









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